Nova Iorque - A assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem por ampla maioria uma resolução que pede o fim do embargo comercial e econômico imposto pelos EUA a Cuba há mais de 50 anos. O documento foi aprovado com apoio de 187 dos 192 países, rejeição de Israel e dos Estados Unidos, além de duas abstenções.
O embargo americano sobre Cuba começou oficialmente em 7 de fevereiro de 1962 sob o governo de John F. Kennedy, mas Washington já tinha imposto certas sanções a partir de 1959.
As restrições comerciais e financeiras representaram perdas à economia cubana estimadas em US$ 96 bilhões desde quando entraram em vigor, segundo o governo de Havana. No ano passado, uma resolução similar foi aprovada com os votos favoráveis de 185 países, três contra (EUA, Israel e Palau) e as abstenções de Ilhas Marshall e Micronésia.
A expectativa neste ano é que a resolução obtenha melhores resultados com o governo do democrata Barack Obama, que já amenizou algumas das restrições. Em agosto passado, o presidente avisou que prorrogará a suspensão da lei que proíbe oficiais americanos de restaurar totais relações diplomáticas com Cuba enquanto Fidel ou Raul Castro governarem a ilha.
O Departamento do Tesouro americano também anunciou recentemente uma suavização de seu regime de sanções contra Cuba, levantando restrições a viagens e a transferências de dinheiro.
O presidente, contudo, prorrogou por mais um ano as medidas do embargo comercial previstas na Lei Contra o Comércio com o Inimigo que proíbe qualquer intercâmbio com países considerados uma ameaça.
Obama já afirmou que o embargo americano não será suspenso até que Cuba aprove reformas democráticas e econômicas, como libertar os presos políticos e permitir a liberdade de expressão.
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Os Estados Unidos devem pôr fim ao embargo econômico e comercial a Cuba?
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