Os abusos sexuais "comprovados", alguns deles envolvendo crianças, foram cometidos por capacetes azuis marroquinos da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci, em francês), informou nesta segunda-feira a organização à AFP, dois dias depois de ter decidido "confinar" os soldados acusados.

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"Houve uma investigação interna que confirmou os fatos. Os investigadores estão reunindo todos os elementos. Há menores entre as vítimas", declarou à AFP a representante da ONU Margarita Amodéo, lembrando as iniciativas da organização que mostram "tolerância zero" em relação a estes atos.

A Onuci, encarregada de manter o cessar-fogo entre o norte e o sul marfinenses, havia anunciado no sábado o confinamento do contingente marroquino baseado em Bouaké (centro), devido a uma "investigação interna" de casos de exploração e de abusos sexuais.

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As associações locais de defesa dos direitos humanos expressaram "indignação" com os fatos.

Os capacetes azuis da Missão de Observação da ONU na Costa do Marfim estão encarregados, desde 2004, de vigiar o cessar-fogo entre o norte e o sul do país, separados desde uma tentativa de golpe de Estado em 2002.

O contingente marroquino, de 732 soldados, é o segundo em número depois do de Bangladesh.