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Guerra no Oriente Médio

ONU diz que crise em Gaza pode se agravar a partir de quarta; ajuda foi paralisada por bombardeios

Crise Gaza
Agência afirma, ainda, que entrega do segundo carregamento de ajuda humanitária neste domingo precisou ser interrompida por bombardeios. (Foto: Alaa Badarneh/EFE)

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A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) afirmou, neste domingo (22), que o atendimento a feridos dos bombardeios de Israel contra Gaza pode ser paralisado a partir de quarta (25) se não houver novos suprimentos de combustível para abastecer ambulâncias e geradores de energia nos hospitais.

A porta-voz da agência, Juliette Touma, alertou que a paralisação vai afetar meio milhão de pessoas atendidas pela UNRWA no território conflagrado.

Atualmente, a agência é responsável por fornecer alimentos e água potável a um grande número de palestinos afetados pelo conflito, que estão abrigados em escolas e clínicas após deixarem suas casas. No entanto, a falta de combustível pode comprometer o funcionamento de padarias e a distribuição de itens essenciais.

“O comboio que chegou com ajuda é de um número muito pequeno de caminhões, se compararmos com as reais necessidades na Faixa de Gaza. Vamos encerrar nossas operações na quarta-feira se o combustível não chegar, afetando a vida de mulheres grávidas, crianças, civis, pessoas como nós”, disse à CNN.

O primeiro comboio de ajuda humanitária com 20 caminhões, contendo água, alimentos e medicamentos, cruzou a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza no sábado (21), após um período de fechamento da passagem de Rafah. Neste domingo (22), mais um com 17 caminhões começou a cruzar a fronteira, mas foi interrompido por bombardeios na região.

No entanto, nenhum deles carrega combustível para as ambulâncias e geradores de energia.

A ONU tem enfatizado a importância do abastecimento constante de ajuda humanitária, destacando que pelo menos 100 caminhões por dia são necessários para atender às necessidades das pessoas próximas à passagem de Rafah.

“Sem combustível, a padaria não vai funcionar. Não conseguiremos entregar o básico de dignidade para essas pessoas, nem água para higiene pessoal será possível sem ajuda humanitária urgente”, ressaltou.

De acordo com Juliette, 140 abrigos estão sendo usados pelo palestinos após o êxodo maciço obrigado pelo exército israelense. Ela disse, ainda, que 29 funcionários da agência foram mortos durante o conflito, sendo metade deles de professores de algumas das 180 escolas mantidas pela entidade.

A grave situação humanitária em Gaza é agravada pelo aumento dos bombardeios israelenses na região. As Forças de Defesa de Israel intensificaram os ataques aéreos como parte das operações em curso, sinalizando a possibilidade de uma incursão terrestre.

Outro integrante da UNRWA, Philippe Lazzarini, alertou que o abastecimento de combustível se esgotará em breve, aumentando ainda mais a urgência de soluções para aliviar o sofrimento da população em Gaza.

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