Ásia
Protestos contra o governo na Tailândia deixam cinco feridos
Agência Estado
A polícia tailandesa disparou ontem gás lacrimogêneo e canhões dágua para afastar manifestantes que tentavam forçar a entrada em um complexo do governo da Tailândia, um indicativo de que a destituição da premiê do país, Yingluck Shinawatra, pode não resolver a crise política no país.
Cinco pessoas ficaram feridas em torno do Centro de Administração para a Paz e Ordem, que é a sede do comando de segurança do governo. Manifestantes tentaram invadir o local derrubando as barreiras que cercam o complexo. O incidente ocorreu após mais de 10 mil manifestantes terem marchado pela capital tailandesa para mostrar que a saída da premiê, ordenada nesta semana pela Justiça do país, não foi suficiente.
O tráfego ficou complicado ao redor de Bangcoc quando os manifestantes marcharam até a Casa do Governo principal escritório da primeira-ministra e depois até o Parlamento, rodeados por repórteres de várias redes de televisão pública. Eles pediram que as estações de tevê parem a transmissão de notícias do governo para divulgar os anúncios dos manifestantes
O líder dos protestos Suthep Thaugsuban Suthep exigiu que a Suprema Corte, o Senado e a Comissão Eleitoral trabalhem para derrubar o governo. "Queremos que a mudança de governo seja suave. Mas se vocês não puderem fazê-la sem problemas no prazo de três dias, nós, o povo, iremos fazê-la à nossa própria maneira", disse.
A ONU condenou ontem o que definiu como "uso excessivo de força" por parte do governo da Venezuela para conter "protestos pacíficos" em Caracas e afirmou ter recebido denúncias sobre a falta de informações dos manifestantes detidos.
A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) avançou na quinta-feira sobre acampamentos de opositores e acabou prendendo 243 pessoas. As forças do governo afirmam ter encontrado drogas e armas em posse dos manifestantes.
"Condenamos a violência de todas as partes na Venezuela, mas estamos particularmente preocupados com relatos sobre o uso excessivo de força das autoridades em resposta aos protestos", disse Rupert Colville, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, durante coletiva de imprensa em Genebra.
Colville recordou que a polícia venezuelana desalojou, entre outros, "um movimento que acampava pacificamente" em frente à sede da ONU em Caracas, e reiterou o apelo feito pelas Nações Unidas ao governo de Nicolás Maduro para garantir que as pessoas não sejam penalizadas por exercerem o seu direito de se reunir pacificamente e de exercer a liberdade de expressão.
A ação da polícia bolivariana vem poucos dias após a ONG Observatório dos Direitos Humanos divulgar relatório no qual denuncia a violação dos direitos humanos contra manifestantes na Venezuela.
Sanções
Nos EUA, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto de lei que tem o objetivo de punir funcionários do governo venezuelano responsáveis pelos crimes humanitários e pela censura a meios de comunicação durante os protestos que já deixaram 42 mortos no país.
A iniciativa precisa passar por votação no plenário da Câmara e Senado. O governo de Barack Obama disse que, por hora, não é a favor de aplicar sanções contra a Venezuela.
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