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A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta sexta-feira (28) a todos os lados envolvidos na disputa relativa ao programa nuclear iraniano para que baixem o tom da "aguda retórica de guerra". O pedido foi uma alusão à troca de acusações feitas nesta semana na Assembleia Geral da entidade pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

"É óbvio que a retórica e os tons agressivos não serão úteis, isso está bem claro", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, quando questionado sobre o discurso de Netanyahu na quinta-feira. "O que também ficou claro é que o Irã precisa provar à comunidade internacional que seu programa nuclear é para fins pacíficos", disse Nesirky.

Usando um caricatural desenho de uma bomba, Netanyahu sugeriu em seu discurso que Israel poderia recorrer a uma ação militar para impedir o Irã de acumular suficiente material físsil para uma bomba atômica. Ele indicou que isso pode ocorrer já no primeiro semestre de 2013.

"Mesmo sem um diagrama, o secretário-geral (Ban Ki-moon) em suas declarações bastante incisivas à Assembleia Geral na terça-feira deixou muito claro que de fato precisa haver uma redução no tom da retórica de todos os lados", disse o porta-voz. "Ele se referia à aguda retórica belicista das últimas semanas."

Ele observou também que a tensão afeta os mercados financeiros globais. No domingo, Ban se reuniu com Ahmadinejad e lhe alertou sobre os perigos das declarações incendiárias. Mas Ahmadinejad ignorou os conselhos de Ban, e previu na segunda-feira que Israel seria "eliminado".

No dia seguinte, em seu discurso na ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou o Irã de que fará tudo o que for necessário para impedir o país de obter armas nucleares. Depois, foi a vez de Netanyahu fazer ameaças.

A missão do Irã na ONU reagiu ao discurso do israelense dizendo que Teerã tem como se defender, e que se reserva ao direito de uma retaliação em caso de ataque.

O Irã rejeita as acusações de governos ocidentais e de Israel de que estaria buscando capacidade para produzir uma arma nuclear. Teerã insiste que suas ambições nucleares se limitam à produção pacífica de isótopos médicos e eletricidade.

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