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Criança somali desnutrida recebe atendimento médico em Mogadíscio | Feisal Omar/Reuters
Criança somali desnutrida recebe atendimento médico em Mogadíscio| Foto: Feisal Omar/Reuters

Alimentos

ONU "patina" no auxílio, diz Graziano

Eleito novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano reconheceu ontem que a entidade ainda "patina" na distribuição de alimentos à Somália.

Graziano afirmou, no entanto, que o Programa Mundial de Alimentos da ONU é o principal ator na distribuição dos mantimentos.

O novo diretor-geral da FAO disse ainda que, quando assumir o cargo na agência, em janeiro de 2012, pretende dedicar atenção especial a uma melhor coordenação entre as diferentes agências da ONU.

A Organização das Nações Uni­­das (ONU) declarou situação de fome crítica em mais três áreas da Somália, incluindo partes da ca­­pital, Mogadíscio, onde há campos de refugiados e os distritos rurais de Balcad e Cadale.

Em 20 de julho, a organização já havia declarado surto de fome em duas grandes regiões do sul da Somália, país devastado pela guer­­ra civil e pela ausência, desde 1991, de um governo central.

A situação na região sul se agravou depois de ela ter sido do­­minada pelo grupo extremista islâmico Al Shabab, ligado à rede terrorista Al-Qaeda, que desde o ano passado vem impedindo a entrada de organizações internacionais de combate à fome.

Em julho, os EUA haviam prometido enviar alimentos às áreas do país africano onde a crise é mais aguda, mas não queriam que o Al Shabab – que está na sua lista de organizações terroristas – interferisse na distribuição.

Segundo comunicado do es­­cri­­tório de segurança alimentar da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Ali­­mentação), é provável que a fome atinja nível crítico em todo o sul somali num período de até seis semanas e dure pelo menos até o final deste ano.

"A ajuda humanitária continua sendo insuficiente, devido às restrições de acesso à região e às di­­ficuldades de expandir programas emergenciais de assistência", afirmou o comunicado da FAO.

O atual surto é considerado o pior em seis décadas na região chamada de Chifre da África, que inclui, além da Somália, a Etiópia e o Djibuti.

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