A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que o Afeganistão é prioridade em 2010. Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o processo eleitoral do ano passado, realizado em meio a denúncias e polêmicas, além da deterioração nas condições de segurança e de incertezas colocam o Afeganistão no centro das preocupações das autoridades estrangeiras.
O Afeganistão vive em tensão constante, uma vez que o país abriga cerca de 100 mil militares estrangeiros cujo objetivo é combater os grupos terroristas. A região foi devastada por um longo período de guerra civil e tem uma economia empobrecida e frágil. As instituições são vulneráveis e pairam dúvidas sobre as autoridades locais.
Ban Ki-moon afirmou que o governo afegão pode contar com o apoio da ONU, via Conselho de Segurança, para garantir a realização de eleições parlamentares este ano. O presidente da Comissão Eleitoral do Afeganistão, Ali Najafi, apelou s autoridades internacionais para que colaborem com recursos para as eleições no seu país.
Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, o ano passado foi um período desafiador para o governo e a população do Afeganistão. De acordo com ele, há ainda incertezas sobre as estratégias adotadas pelo país. Para Ban Ki-moon, é fundamental intensificar o fortalecimento do papel do governo afegão e a coordenação de esforços internacionais de civis.
Ele afirmou ainda que espera que os esforços políticos internacionais, implementados no ano passado, colaborem para um pacto significativo entre o governo e o povo afegão.
No final de 2009, as eleições que garantiram a recondução do presidente Hamid Karzai registraram denúncias de corrupção, momentos de violência e acusações de ameaças a eleitores. No segundo turno das eleições, o adversário de Karzai, Abdullah Abdullah retirou sua candidatura. Para autoridades estrangeiras, houve falhas no processo eleitoral no Afeganistão.
Independentemente das dúvidas que há em torno das eleições no Afeganistão, o secretário-geral das Nações Unidas disse que, se o governo afegão pedir, a ONU está pronta para apoiar o processo com assistência técnica e construção de instituições.
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