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A ONU denunciou nesta quinta-feira (10) violações de direitos humanos nas prisões da Líbia, incluindo tortura, e pressionou as autoridades governamentais de Trípoli a deter essas práticas e a acelerar a tomada de controle de todos os centros de detenção do país.

O representante especial da ONU para a Líbia, Ian Martin, reconheceu no Conselho de Segurança da organização que a situação nas prisões líbias está longe de ser a adequada, e disse que seu escritório tem provas de que pelo menos três detidos morreram torturados em uma prisão de Misrata no dia 13 de abril passado.

A gravidade da denúncia se deve ao fato de a prisão em questão ser um dos 31 centros de detenção que as novas autoridades líbias controlam em todo o país, ao contrário dos demais lugares onde há cerca de 4 mil pessoas retidas pelas brigadas revolucionárias, não controladas pelo governo.

"Persistem casos de maus-tratos e tortura de detidos", declarou Martin aos 15 países-membros do Conselho de Segurança, ele que é chefe da missão da ONU na Líbia (UNSMIL) - seu pessoal possui provas de que outros sete presos foram torturados no mesmo lugar. O representante pediu às autoridades que investiguem esses abusos.

Martin afirmou que a UNSMIL trabalhará com as autoridades líbias para garantir a investigação destes casos, assim como as denúncias de tortura recebidas do restante da Líbia, inclusive nas instalações em Trípoli, Zawiya e Zintan.

"Dar resposta a essas práticas deveria ser a principal prioridade do governo em seu caminho para criar uma nova cultura de direitos humanos e do estado de direito na Líbia pós-revolucionária", acrescentou Martin.

Em sua opinião, o país está perto de viver "um momento histórico" com a realização de eleições em junho, as primeiras desde a revolução do ano passado, que derrubou o então ditador Muammar Kadafi.

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