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O combate à proliferação de armas nucleares dominará a agenda Assembleia-Geral da ONU que ocorre nesta semana em Nova York. Uma resolução deve ser aprovada em reunião do Conselho de Segurança na quarta-feira, sob o comando de Barack Obama. Atualmente, os EUA presidem o órgão máximo da entidade.

Há meses a questão nuclear está presente indiretamente nos debates na ONU envolvendo o Irã e a Coreia do Norte. Nos últimos dias, a nova resolução, que não cita nenhum país, ganhou força. A negociação, segundo um diplomata que participa dos debates, está relacionada à decisão do governo Obama de voltar atrás nos planos de instalar um escudo antimísseis na Polônia e na República Checa, agradando a Rússia. Em troca, os russos devem dar apoio à nova resolução e, se necessário, também aprovar sanções mais duras contra o Irã. Ontem, Moscou anunciou ter arquivado os planos de instalar mísseis em Kaliningrado, perto da fronteira com a Polônia.

O texto da nova resolução ainda não foi definido e o diálogo deve prosseguir nos próximos dias. Mas o Estado teve acesso a um esboço que era o mais provável de ser aprovado. O teor da resolução deve fortalecer o papel da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), apoiar a conferência de não-proliferação nuclear prevista para 2010, defender o desarmamento progressivo e incentivar o uso pacífico da energia nuclear.

Em 2004, durante o governo de George W. Bush e apenas três anos após o 11 de Setembro, a Resolução 1540 do CS da ONU também tratou de questões nucleares, mas o foco era o terrorismo. Já a nova resolução volta a tratar de Estados nacionais, mesmo sem mencioná-los, com Obama levantando uma bandeira na qual, por um lado, demonstra estar disposto a seguir em frente com o "desarmamento por meio de acordos com a Rússia", segundo o ex-embaixador americano em Moscou Thomas Pickering. Ao mesmo tempo, Obama tenta dar garantias a países aliados do Oriente Médio e do Leste da Ásia de que pretende conter o Irã e a Coreia do Norte com a nova resolução.

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