Os inspetores da ONU que investigaram o uso de armas químicas na Síria entregarão na segunda-feira (16) seu relatório sobre a investigação do suposto ataque de gás venenoso na periferia de Damasco no mês passado, segundo disse nesta quinta-feira (12) o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

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O documento poderá confirmar ou desmentir a acusação de Estados Unidos, França e Reino Unido de que houve a aplicação de agentes químicos na região. Segundo os países ocidentais e rebeldes sírios, a ação foi comandada pelo regime de Bashar al-Assad e deixou centenas de mortos.

As acusações levaram o presidente americano, Barack Obama, a ameaçar o regime sírio com uma intervenção militar, que seria votada no Congresso dos EUA nesta semana. No entanto, a Rússia sugeriu como alternativa que Damasco entregasse todos os agentes químicos, o que adiou uma ação armada.

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Para o chanceler francês, o relatório da ONU confirmará que houve um massacre na periferia de Damasco. "Certamente terá indicações sobre a origem do ataque, cometido em 21 de agosto perto de Damasco e que provocou centenas de mortes".

Fabius também acredita que será corroborada a acusação contra Assad, embora os inspetores da ONU não possam determinar quem fez o ataque. "Como apenas o regime tinha os estoques, os vetores e o interesse em fazê-lo, é possível chegar à conclusão de que o governo é responsável".

A França não tem dúvidas sobre a responsabilidade do governo sírio, mas o presidente russo, Vladimir Putin, afirma em um artigo publicado hoje no jornal The New York Times que foi um crime cometido pelos rebeldes. O chanceler discorda e diz que é uma versão que os russos desenvolvem há muito tempo.

Inicialmente, fontes diplomáticas da ONU haviam afirmado que o relatório poderia ser divulgado no fim de semana, embora considerassem mais provável a apresentação na segunda ou em outros dias da semana que vem.

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