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O dinheiro enviado por haitianos que vivem no exterior será uma importante fonte de recursos para a reconstrução do país atingido por um forte terremoto nesta terça-feira (12). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 7,7% dos haitianos vivem no exterior e a soma dos valores enviados por estes emigrantes representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A afirmação de que o dinheiro que os emigrantes mandam para os parentes cumpre um importante papel consta de um relatório feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2009. Conforme o estudo, pesquisas demonstram que em nações pobres atingidas por desastres naturais as remessas externas tendem a ser maiores a ponto de compensar entre 20% e 60% do impacto financeiro causado por furacões. De acordo com o estudo, em 2007, cada emigrante haitiano mandou, em média, US$ 1,6 mil para os familiares que permanecem no país. Valor que representa uma grande soma em um país em que o PIB per capita é de US$ 699 e em que 72% da população sobrevive com menos de US$ 2 por dia.

O próprio Haiti já vivenciou a importância do dinheiro vindo dos emigrantes. Foi em 2004, quando o país foi atingido pelo furação Jeanne. A ONU cita ainda os casos da Indonésia e do Sri Lanka, vitimados por um tsunami, e do Paquistão, que enfrentou um terremoto em 2005.

A América do Norte – sobretudo os Estados Unidos - é o principal destino dos haitianos que deixam o país. Outro destino preferido são as nações latino-americanas e caribenhas, sendo a vizinha República Dominicana o principal destino.

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