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A ONU pediu autorização nesta quarta-feira (21) ao regime sírio para investigar as denúncias de um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, mas alertou que por enquanto o acesso a região não é possível pela situação de insegurança.

"É uma situação dramática e neste momento não é possível chegar à área por causa da situação de insegurança", disse o subsecretário-geral da ONU, Jan Eliasson, após informar ao Conselho de Segurança sobre os últimos eventos na Síria.

Depois de confirmar que a missão da ONU pode investigar o ataque, Eliasson lembrou que a equipe liderada pelo professor sueco Ake Sellström "está na região" e espera receber autorização das autoridades sírias para chegar à área.

O Conselho de Segurança da ONU realizou hoje uma reunião urgente a portas fechadas a pedido de França, Reino Unido, Luxemburgo, Coreia do Sul e EUA para abordar os últimos eventos na Síria.

A rebelde Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou que pelo menos 1.300 pessoas morreram hoje em um suposto ataque com armas químicas do exército nos arredores de Damasco, acusações negadas pelas autoridades sírias de forma imediata.

Eliasson lembrou que o secretário-geral, Ban Ki-moon, está "comovido" pelas notícias que chegam da Síria e pediu para que este ataque seja averiguado "o mais rápido possível", para o que a missão em Damasco está negociando com o regime de Bashar al Assad.

"Estamos em contato com o governo sírio e esperamos que as partes cooperem para que possamos dar andamento à investigação ", acrescentou o subsecretário-geral, que cobrou de todas as partes que "contenham" o conflito.

Tanto o regime de Damasco como os insurgentes se acusam reciprocamente de empregar este tipo de armas na Síria, um dos sete países que não assinou a Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

Desde que começou a guerra civil na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e quase sete milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, segundo os números mais recentes das Nações Unidas.

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