As disputas no leste da Ucrânia já tiraram a vida de, pelo menos, 4.707 pessoas desde que os confrontos começaram em meados de abril, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de um quarto desse total foi registrado no período de cessar-fogo.

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Em um novo relatório, divulgado neste início de semana, a equipe da ONU na Ucrânia disse que, pelo menos, 1.357 mortes foram registradas desde o cessar-fogo, que começou no início de setembro, mas o grupo observou que algumas dessas mortes podem ter ocorrido antes.

Um total de 10.322 pessoas ficaram feridas nas áreas atingidas pelo conflito do leste da Ucrânia, onde mais de 5 milhões de pessoas estão enfrentando crescentes dificuldades, de acordo com o relatório. As populações mais vulneráveis, como os idosos, crianças e pessoas em atendimento institucional do Estado, estão sendo particularmente atingidas por problemas nos serviços sociais e médicos.

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"A situação de muitas pessoas, inclusive aquelas detidas contra vontade, em áreas sob o controle dos grupos armados pode muito bem ser risco contra a vida", disse o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Raad al-Hussein. "O governo da Ucrânia continua a ser responsável por proteger os direitos humanos de todos os ucranianos, incluindo o direito à saúde, educação e segurança social, em todo o seu território, incluindo as zonas que não controla totalmente".

O documento da ONU teve como base relatórios de uma missão de monitoramento de 34 membros da ONU na Ucrânia durante novembro e outros números até 12 de dezembro. Segundo o relatório, as ofensivas em grande escala têm parado desde o cessar-fogo, mas confrontos e bombardeios indiscriminados de áreas povoadas continuaram.

Os relatórios anteriores da ONU destacaram que o impasse entre as tropas governamentais e os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia está cada vez mais enraizada, à medida que a lei e a ordem se deterioram em Donetsk, a maior cidade sob controle separatista, e em áreas controladas pelos rebeldes na região vizinha de Lugansk.

O relatório também aponta a falta de progresso em várias investigações de direitos humanos sobre as alegadas violações em Kiev, Carcóvia e Mariupol.

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