O enviado especial da ONU ao Líbano, Michael Williams, disse nesta quinta-feira (6) que foi alertado por autoridades locais sobre possíveis ameaças à entidade no país. "Houve alguns relatos críveis que foram compartilhados conosco, com a ONU, pelo próprio Exército libanês a respeito de ameaças nas últimas semanas", disse Williams, na sua última entrevista coletiva antes de deixar o cargo. Ele não entrou em detalhes, mas disse que o reforço da segurança no Líbano é parte de uma elevação geral na proteção às instalações da ONU no mundo todo, depois do atentado suicida de agosto contra o escritório da entidade em Abuja (Nigéria), que matou 23 pessoas. Williams também falou sobre a vulnerabilidade específica do prédio da Escwa (Comitê Econômico e Social para o Oeste da Ásia, um órgão da ONU) em Beirute, que segundo ele tem fachada de vidro. As ruas que dão acesso ao prédio foram interditadas na semana passada como parte das medidas de proteção às instalações da ONU na capital libanesa, segundo a imprensa local. Além do atentado em Abuja, a ONU também sofreu recentes ataques contra suas forças de paz no sul do Líbano, que monitoram uma trégua estabelecida entre Israel e o grupo xiita Hezbollah em 2006. A região permanece pacífica sob a vigilância do contingente da ONU, reforçado desde o fim daquele conflito, mas não há movimentos dos envolvidos na direção de um cessar-fogo formal. Uma das tarefas da força da ONU, conhecida como Unifil, é impedir o fluxo de armas para o território libanês ao sul do rio Litani. Williams reiterou que é impossível saber quantas armas o Hezbollah possui atualmente, embora ele diga que claramente existe um "arsenal considerável".

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