O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad disse, neste domingo, ao secretário geral da ONU, Kofi Annan, que o país quer encontrar uma solução para negociar a disputa nuclear com o Ocidente, mas que não irá congelar seu programa de enriquecimento de urânio antes das negociações, como gostaria o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
- Sobre o tema nuclear, o presidente reafirmou que está preparado para negociar e encontrar uma solução para a crise - disse Annan.
Annan visita a região para reforçar o cessar-fogo declarado há 34 dias no Líbano. A viagem acontece poucos dias depois do país ter desrespeitado a data limite de 31 de agosto dada pela ONU para abandonar o programa de enriquecimento de urânio. Neste sábado, a União Européia concordou em dar mais duas semanas de prazo para o Irã esclarecer sua posição em relação a interromper o enriquecimento de urânio.
Em pronunciamento também neste domingo, o porta-voz do Ministério de Relações Externas iraniano, Hamid Reza Asefi, assegurou que é possível alcançar uma solução para o conflito gerado pelo programa nuclear desenvolvido em seu país. O caminho é buscar um diálogo baseado na razão.
- Se a razão dominar as negociações e o direito iraniano não for violado ilegalmente, é possível alcançar uma solução - disse Asefi em seu pronunciamento semanal.
Asefi sublinhou que "se as conversações forem conduzidas em função de objetivos prévios e se converterem em políticas, a situação será diferente."
O porta-voz iraniano disse que seu país não teme possíveis sanções e afirmou que as ameaças da Casa Branca "não são novas". Os Estados Unidos, que acusam o Irã de querer fabricar bombas atômicas, disseram na sexta-feira estarem consultando governos europeus sobre possíveis sanções contra o país, mas a União Européia assinalou que queria ver mais diálogo com o governo iraniano, que afirma que sua atividade atômica tem o objetivo de produzir energia.
- As autoridades americanas gostam de falar se baseando num unilateralismo e contra a opinião pública mundial, mas o Irã acredita que essas ameaças são irracionais - sentenciou Asefi. - Os Estados Unidos conhecem nossas capacidades e tomamos suas ameaças como parte de uma guerra psicológica.
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