Homem e criança caminham por campo de refugiados sírios na fronteira com a Turquia| Foto: Ammar Abdullah/Reuters

Preparação

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse ontem que o país sediará um encontro entre os grupos de oposição sírios, numa prévia de Genebra. A conferência acontecerá na cidade de Córdoba, no sul da Espanha, nos dias 9 e 10 de janeiro. Chanceleres, entre eles o americano John Kerry e o russo Serguei Lavrov, também devem se reunir previamente na cidade de Montreux, na Suíça, de acordo com a ONU.

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26 países, contando o Brasil, deverão participar da conferência de paz na Síria. A reunião está marcada para começar no dia 22 do mês que vem, em Genebra, na Suíça. O conflito sírio já dura mais de dois anos.

Enviado Lakhmar Brahimi negocia a paz na Síria em nome da Liga Árabe e das Nações Unidas

O Brasil e outros 25 países serão convidados para a inauguração da conferência de paz na Síria, segundo Lakhdar Brahimi, enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria.

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A conferência, chamada de Genebra 2, acontecerá na cidade suíça em 22 de janeiro.

Países cujas presenças são polêmicas como Arábia Saudita e Qatar também estão confirmados por Brahimi. Esses países financiaram e facilitaram armas às forças de oposição que lutam contra o regime de Bashar Assad em uma guerra civil que já dura dois anos e meio.

No entanto, ainda não há acordo sobre a participação do Irã. "Não é segredo que na ONU somos favoráveis [à presença do Irã]", disse Brahimi. No entanto, os Estados Unidos não estão convencidos.

Uma autoridade sênior dos EUA disse ontem que "era difícil" imaginar o Irã nas conversas de paz, já que o país não endossou um comunicado de julho de 2012 que pedia a transição do governo e estava fornecendo apoio militar para Damasco.

O funcionário também pediu que o Irã parasse de enviar tropas e financiamento militar às milícias pró-governamentais, incluindo o Hezbollah libanês.

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Brahimi afirmou que continuará trabalhando com os autoridades iranianas, mesmo que não sejam oficialmente convidadas.

A Coalizão Nacional Síria, que representa a oposição, também confirmou presença em Genebra, segundo Brahimi. A Coalizão afirmou que está contatando outros grupos para formar sua delegação. Já o governo sírio anunciou que já formou sua equipe.

Brahimi disse querer que os dois lados no confronto sírio libertassem prisioneiros vulneráveis, como mulheres e crianças, e melhorassem o acesso da ajuda humanitária como uma demonstração de boa-fé antes da conferência.

O conflito sírio começou em março de 2011 com a insurgência contra o regime de Assad. Mais de 100 mil pessoas já foram mortas no país, segundo dados da ONU. Ativistas estimam 120 mil.

Há 4,25 milhões de deslocados dentro do país, além de 2,3 milhões de refugiados em países vizinhos como Líbano, Jordânia e Turquia.

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