A Organização das Nações Unidas (ONU), os governos dos Estados Unidos, Alemanha e Líbano, além da União Europeia e da Santa Sé, condenaram ontem o plano de um pastor de uma igreja cristã evangélica na Flórida (EUA), Terry Jones, de 58 anos, de queimar no sábado exemplares do Alcorão, livro sagrado do Islã.
O Vaticano denunciou como "indigno e grave" o plano de Jones, que seria posto em prática no aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001. O escritório do Vaticano encarregado das relações com o Islã afirmou, em um comunicado duro, que todas as religiões merecem respeito e têm o direito de proteger seus livros sagrados, símbolos e locais de oração.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, denunciou o plano como "infame".
A ONU advertiu que civis e funcionários humanitários no Afeganistão podem ser mortos, caso o Alcorão seja queimado. A chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, condenou os planos, enquanto o chefe da Liga Árabe, Amr Mussa, disse que Jones é um "fanático".
A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou a iniciativa como "ignominiosa" e "simplesmente errada". O presidente libanês, Michel Suleiman, também atacou a ideia. "Se um pastor evangélico fundamentalista na América deseja queimar o Alcorão, eu acho isso desrespeitoso e falso", disse Merkel.
Apesar da condenação internacional liderada por funcionários dos EUA, militares e líderes religiosos, a igreja de Jones disse que o evento para queimar o livro sagrado islâmico ocorrerá no aniversário dos atentados de 11 de Setembro de 2001. "No momento, nós sentimos que essa mensagem é tão importante. Nós ainda estamos determinados a fazê-la, sim", disse Jones em entrevista à emissora CBS. Ele afirmou que a mensagem de sua igreja é alvo do islamismo radical. "Nós queremos que eles saibam que, se estão na América, eles precisam obedecer à lei e à Constituição e não sobrepor sua agenda gradualmente sobre nós", avaliou.
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