Manifestantes protestam contra Bashar Assad em Kafranbel, perto de Idlib| Foto: Raad Al Fares/Reuters

O Departamento de Ope­­rações de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) preparava ontem os planos para uma eventual missão de observadores na Síria, esperada após o avanço das negociações entre o enviado especial da organização, Kofi Annan, e o regime do ditador Bashar Assad.

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"O departamento prepara um plano de contingência para vários cenários e Annan deverá decidir como começará, pensando na resposta do governo sírio ao plano de seis pontos que apresentou", afirmou o porta-voz da organização, Eduardo de Buey.

O representante não detalhou os planos para comprovar o fim da violência e disse que "não é possível que haja uma força de observação em um local onde a violência persiste". A decisão sobre os planos está a cargo de Kofi Annan, quando forem aplicados.

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Fontes diplomáticas estimam que o número de observadores da ONU que serão enviados à Síria seja entre 200 e 250, provenientes de missões no Oriente Médio e na África. A ideia das reuniões é a prevenção para uma diminuição nos conflitos que permita a entrada dos diplomatas.

Uma das preocupações é a garantia da segurança desses enviados da ONU, já que, caso não haja missão de paz no país, as autoridades sírias seriam responsáveis pela escolta do grupo.

O Conselho de Segurança da ONU receberá na segunda-feira um informe sobre a mediação do conflito, apresentado em portas fechadas. Ontem, Bashar Assad afirmou que aceitou o plano proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, mas que fez algumas observações.

"Para que triunfe a missão de Annan, precisamos terminar com as fontes do terrorismo dirigido contra a Síria pelos países que anunciaram financiamento ou armamento aos grupos terroristas".

O ditador ainda pediu que a oposição, a quem chama de terroristas, e a comunidade internacional se engajem no compromisso proposto por Annan.

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"É preciso ter compromissos de outras partes, para terminar com os atos terroristas cometidos pelos grupos armados, apreender as armas e convidá-los a parar de sequestrar e matar inocentes e destruir as infraestruturas dos setores público e privado".

A proposta de Annan estipula um fim das hostilidades na Síria sob a supervisão da ONU, a libertação dos presos nos protestos antigovernamentais e o envio de ajuda humanitária.