A alta-comissária adjunta para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Kyung-Wha Kang, afirmou nesta segunda-feira (19) que o número de mortos na Síria já chega a 2,7 mil desde março, quando teve início a revolta contra o presidente Bashar al-Assad. Deste total, ao menos 100 são crianças.

CARREGANDO :)

Kang disse ainda que as forças de segurança do país - apoiadas por tanques, helicópteros e atiradores - continuam reprimindo violentamente manifestações em cidades como Homs, Latakia, Deraa e Damasco. Segundo ela, um ataque em larga escala, neste mês, deixou pelo menos 23 civis mortos e dezenas de feridos.

A alta-comissária solicitou ainda uma resposta internacional imediata para evitar mais casos de repressões e pediu que o regime de al-Assad permita a entrada de representantes da ONU e da imprensa para que possam investigar os casos de abuso. Kang disse que seu escritório deve enviar ao Tribunal de Haia uma lista confidencial com nomes de 50 suspeitos de terem cometido crimes contra a humanidade.

Publicidade

Kan relatou casos de prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais e disse que manifestantes foram sequestrados pelas forças de segurança nos hospitais ou em suas próprias casas. Em mais um episódio de violência, forças de segurança mataram seis moradores e dois soldados rebeldes ena cidade de Homs.

O embaixador da Síria na ONU, Khabbaz Hamoui, rejeitou o relatório da ONU. "Existem muitas gangues na Síria e elas confrontaram o governo atacando inocentes civis, destruindo delegacias e matando muitos membros das forças de segurança", defendeu Hamoui.