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Um adicional de 30 monitores da Organização das Nações Unidas deve chegar à Síria na próxima semana para se unir a uma equipe avançada de sete observadores que verificam o cumprimento de um frágil cessar-fogo, que não conseguiu pôr fim ao derramamento de sangue no país, disse um porta-voz do enviado Kofi Annan nesta sexta-feira (20). Ao menos 23 pessoas morreram, dez delas em decorrência de uma bomba que alvejava as forças de segurança. A maior parte das outras vítimas foi atingida pelos bombardeios das forças do presidente Bashar al-Assad na cidade de Homs, prejudicando ainda mais a trégua. Como as orações de sexta-feira costumam ser um momento semanal crítico para a insurreição, os monitores decidiram não sair para ambientes externos. Eles afirmaram que não querem ser "usados como uma ferramenta para agravar a situação". Um dia antes, eles foram cercados por manifestantes anti-Assad em suas incursões iniciais pelo país. O adjunto do enviado de paz Kofi Annan, o ex-chanceler palestino Nasser al-Kidwa, criticou os dois lados, mas especialmente as forças do governo, por se recusarem a parar por completo o confronto. "Não observamos muito um cessar-fogo", disse à televisão France 24. "A situação, claro, não é boa. Há muitas razões para se preocupar com a falta de implementação, ao menos a falta de implementação completa por parte do governo sírio e talvez de algumas outras partes também." A Síria informou que 10 integrantes da força de segurança morreram em uma bomba plantada em uma estrada em Sahm al-Golan, no sudoeste, enquanto os protestos que pedem a renúncia de Assad ocorreram por todo o país, incluindo na capital Damasco. Ativistas da cidade de Hama, na região central da Síria, afirmaram que pessoas ficaram feridas quando as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes. Vários bairros de Homs foram bombardeados, disseram ativistas, e o Observatório Sírio para Direitos Humanos disse que ao menos 13 morreram, a maioria em Homs. A missão de monitoramento da ONU é considerada a última chance para evitar uma guerra civil na Síria, onde Assad enviou tanques e soldados para dissolver os protestos contra seu governo, que começaram pacificamente há um ano, mas acabaram se militarizando. Assad está há 12 anos no poder.

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