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A epidemia de cólera do Haiti inevitavelmente chegará à República Dominicana, país vizinho, mas deverá ter consequências menos graves, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.

Muitos haitianos trabalham na República Dominicana e, como as infecções por cólera com frequência não produzem sintomas, a doença pode atravessar facilmente a fronteira, disse o porta-voz da OMS Gregory Hartl em um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

"É completamente esperado que haja casos na República Dominicana. Estamos observando os primeiros sinais desses casos e trabalhamos com o governo da República Dominicana para preparar o país", afirmou Hartl. Ele estimou o número de infecções "ainda na casa de um dígito, provavelmente".

Mais de 1.110 pessoas morreram no Haiti em razão do surto de cólera e mais de 18 mil adoeceram.

A doença é tratada com sais de rehidratação oral - ou soluções caseiras feitas com 1 litro de água, 1 colher de sal e seis colheres de açúcar --, mas pode ser letal, caso não seja combatida logo.

O porta-voz da OMS Christian Lindmeier afirmou que as melhores condições sanitárias da República Dominicana indicam que a doença, que causa diarreia, deverá ser menos perigosa. "Não esperamos que sejam tão altos como no Haiti", afirmou ele, referindo-se aos indicadores de gravidade da doença e de mortes.

As autoridades sanitárias da Flórida registraram um caso confirmado de infecção por cólera - em um morador que visitou a família no Haiti --, mas afirmaram que o risco de um surto nos Estados Unidos é mínimo.

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