• Carregando...
Manifestante tenta desfazer bloqueio da polícia nova-iorquina durante protesto realizado ontem em favor do meio ambiente | Andrew Kelly/EFE
Manifestante tenta desfazer bloqueio da polícia nova-iorquina durante protesto realizado ontem em favor do meio ambiente| Foto: Andrew Kelly/EFE

Cúpula

Presidente Dilma vai destacar avanço social em discurso para a ONU

Folhapress

A presidente Dilma Rousseff deve aproveitar o discurso na Assembleia Geral da ONU, amanhã, em Nova York, para destacar conquistas dos 12 anos de governo do PT, em especial a superação do problema da fome no Brasil — dado divulgado pela FAO (órgão da ONU para a alimentação e a agricultura) na última semana.

A presidente deixará o Brasil a pouco mais de uma semana do primeiro turno das eleições apostando na visibilidade que terá ao falar na abertura dos debates da ONU.

A expectativa é que Dilma chegue a Nova York hoje. Até a conclusão desta edição não estava certo se ela discursaria também na Cúpula do Clima — evento para o qual a candidata Marina Silva (PSB) também foi convidada, mas do qual declinou por causa da campanha.

O discurso da presidente na Assembleia Geral, na manhã de quarta, só será finalizado horas antes da apresentação. Mas, segundo a reportagem apurou, Dilma deve citar programas sociais para destacar a redução da pobreza extrema — que caiu 75% entre 2001 e 2012 — e a melhoria na segurança alimentar no país.

Segundo a FAO, 1,7% da população brasileira passa fome hoje. Dilma também defenderá a implementação do Marco Civil da Internet no Brasil como modelo de regulação a ser seguido. Outro destaque da fala deve ser o papel do país, junto à Alemanha, na aprovação, pela própria Assembleia da ONU, de uma resolução sobre o direito à privacidade digital.

Boa parte do discurso de Dilma em 2013 foi dedicada a criticar a "grave violação de direitos humanos" representada pelo esquema de espionagem dos EUA.

Há a expectativa ainda de que Dilma ressalte a criação do banco de desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e aborde a situação na Síria, no Iraque e na Ucrânia. Posições brasileiras como a defesa de um Estado palestino independente e da ampliação do Conselho de Segurança da ONU também serão reafirmadas.

  • Centenas tentaram bloquear o distrito financeiro de NY
  • Multidão exibe a faixa

Sob o impacto de manifestações que reuniram mais de 300 mil pessoas nas ruas de Nova York no último domingo, líderes de 125 países devem se encontrar hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Cúpula do Clima, evento que tentará gerar disposição política global para a adoção de novos compromissos de redução de emissões de gases que provocam efeito estufa.

Caso os 125 chefes de Es­­tado e governo que confirmaram presença comparecerem à cúpula, o encontro será o maior já realizado com líderes mundiais para discutir o aquecimento global, segundo estimativa da ONU. Mas nenhum acordo ou anúncio coletivo é esperado.

A Cúpula do Clima é um evento político paralelo às negociações sobre mudança climática, que terão um capítulo decisivo em Paris em dezembro de 2015, quando devem ser aprovadas novas metas de corte de emissões.

O objetivo do encontro da ONU é dar visibilidade a medidas que estão sendo adotadas pelos países para combater o aquecimento global e impulsionar as negociações difíceis .

Divergências sobre a responsabilidade de países desenvolvidos e em desenvolvimento estão na origem dos obstáculos que dificultam a obtenção de um acordo para o enfrentamento do aquecimento global.

A presidente Dilma Rous­­seff só confirmou ontem sua participação no evento (leia mais nesta página), que terá a presença do presidente americano, Barack Obama. Apesar de numerosa, a cúpula terá ausências marcantes. Maior emissor de gases que provocam efeito estufa, a China não será representada pelo presidente Xi Jinping, mas pelo vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli. Os líderes de Índia, Canadá e Austrália também faltarão.

O evento foi convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que no domingo estava entre as cerca de 300 mil pessoas que marcharam pelas ruas de Nova York — acompanhado do ator Leonardo DiCaprio, embaixador das Nações Unidas para questões climáticas — com o objetivo de exigir compromissos de governos de todo o mundo para enfrentar a mudança climática.

Os países têm até março do próximo ano para apresentar suas propostas de redução de emissão de gases que provocam efeito estufa. Mas existe a expectativa na ONU de que algumas nações usem a cúpula para anunciar medidas de combate à mudança climática e indicar disposição de fazer concessões durante as negociações dos próximos 15 meses.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]