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O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou nesta sexta-feira (22), durante um evento em Caracas, que a Organização das Nações Unidas (ONU) age em favor do que ele chamou de “fascismo”. O comentário foi feito durante o chamado “fórum mundial de jovens contra o fascismo”, promovido pelo regime de Nicolás Maduro.
Cabello, considerado também como número dois do chavismo, criticou duramente a postura da ONU diante da operação de Israel em Gaza, a qual classificou como um “genocídio” cometido pelos israelenses contra o povo palestino.
“Poderíamos dizer hoje que a ONU é sempre eficiente [para agir contra] quando se trata de um país que busca liberdade, soberania e independência; é muito eficiente em monitorar os países que querem ser livres, mas é extremamente passiva e tranquila com aqueles que estão exterminando povos”, declarou ele.
O discurso de Cabello não foi o primeiro ataque do regime de Maduro à ONU. O ditador venezuelano já criticou o órgão internacional em diversas ocasiões, especialmente por seu papel em conflitos como a invasão russa à Ucrânia – onde Caracas apoia Moscou – e nos enfrentamentos entre Israel, Irã e Líbano.
“Esses organismos, infelizmente, jogam a favor do fascismo”, afirmou Cabello durante a transmissão do evento pela Venezolana de Televisión (VTV), emissora estatal.
O regime de Maduro enfrenta forte rejeição internacional. Em agosto, a ONU publicou um relatório que criticou as eleições presidenciais realizadas em julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor sob fraude. A oposição venezuelana e vários países questionaram a legitimidade do resultado.