secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante coletiva à imprensa após reunião no Itamaraty.| Foto: Wilson Dias/ABr

O desejo do Brasil de ser integrante permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi apoiado parcialmente nesta segunda-feira (16) pela secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton. Ela disse que os Estados Unidos defendem a ampliação do órgão e, se houver consenso entre os demais membros permanentes, o Brasil pode vir a fazer parte da entidade. Ela destacou, no entanto, a necessidade de consenso para implementar a medida.

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"Não podemos imaginar um Conselho de Segurança no futuro que não inclua um país como o Brasil, com todo o progresso que tem desenvolvido. Os Estados Unidos admiram, sem dúvidas, o papel de liderança que o Brasil desempenha e compreende a vontade de ter um assento permanente", disse a secretária.

Hillary condicionou um eventual apoio dos Estados Unidos ao consenso entre os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança da organização.

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"Acreditamos que o Conselho de Segurança terá sua formação atualizada ao século 21, para que reflita o mundo que existe hoje, não o mundo que existia quando ele foi formado", disse ela.

Em seguida, a secretária acrescentou que a atualização é a razão pela qual existe o comprometimento em reformar várias áreas das Nações Unidas, não apenas o Conselho de Segurança.

"Acreditamos que os Estados Unidos têm mostrado real comprometimento com essa reforma. [Mas] também entendemos que até que outros países se comprometam com a reforma, não faremos o progresso que precisamos", disse.

A estrutura atual do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi formada do final da 2ª Guerra Mundial. Cinco países ocupam vagas permanentes no órgão, são eles: os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. Há, ainda, dez vagas rotativas, ocupadas por outros países por um período de dois anos.

Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto é tema recorrente nas reuniões da presidenta Dilma Rousseff e do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com autoridades estrangeiras.

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