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ONU exige da Venezuela "transparência eleitoral" e "respeito" pelos direitos humanos
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres| Foto: EFE/ Mercedes Ortuño Lizarán

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, exigiu da Venezuela “total transparência” sobre os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, e lembrou que o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não publicou as atas dos diferentes colégios eleitorais.

Em um comunicado divulgado nas últimas horas, Guterres limita-se a “tomar nota” da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo chavismo, que validou nesta quinta-feira (22) a vitória do ditador Nicolás Maduro, decisão que tem sido contestada pela oposição e boa parte da comunidade internacional.

Além disso, Guterres exigiu “proteção absoluta e respeito pelos direitos humanos” na Venezuela, depois de expressar sua “preocupação” com os relatos recebidos de vários abusos, entre os quais mencionou detenções arbitrárias de menores, jornalistas, defensores dos direitos humanos e ativistas opositores.

O secretário-geral da ONU lembra em sua mensagem que os direitos de ter opiniões sem interferência, a liberdade de expressão e de reunião pacífica devem ser respeitados.

A ONU enviou à Venezuela um painel de peritos eleitorais, convidados pelo regime de Caracas, que no final da sua missão foram muito críticos em relação ao desenvolvimento do processo das eleições presidenciais.

O relatório provisório desse painel de especialistas concluiu que as eleições venezuelanas careciam de “medidas básicas de transparência e integridade que são essenciais para a realização de eleições críveis”.

Um dia depois, a ditadura de Maduro qualificou os membros do grupo da ONU como “falsos especialistas eleitorais” e acusou-os de espalhar “uma série de mentiras”, enquanto a oposição destacou que seu documento reforça a tese que apoia a vitória do candidato opositor Edmundo González Urrutia.

As autoridades venezuelanas desacreditaram tanto o relatório do painel da ONU como as alegações do Carter Center, apesar de ambos terem sido convidados a observar as eleições pelo próprio Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

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