Nova Iorque (Reuters) – O Conselho de Segurança da ONU renovou ontem por mais um ano sua missão de assistência ao Iraque. Desde a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, em março de 2003, que criou profundas divergências dentro do conselho, a entidade já ajudou os iraquianos a estabelecer um governo de transição e a realizar eleições, em janeiro deste ano. Agora colabora com a elaboração de uma nova Constituição e com os preparativos para as eleições de dezembro.

CARREGANDO :)

O mandato da missão da ONU, que foi autorizado pelo conselho dois anos atrás, se encerraria hoje. A votação o estendeu até o dia 10 de agosto de 2006. A resolução adotada pelos 15 integrantes do conselho reafirmou que a ONU deve continuar tendo um "papel de liderança", ajudando o Iraque a passar pela transição para um governo representativo.

A missão foi gravemente afetada pela volátil segurança do Iraque. A sede da ONU em Bagdá foi bombardeada duas vezes, sendo que em uma delas, em agosto de 2003, 22 pessoas morreram, incluindo o chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Devido aos problemas de segurança, a presença da ONU no país limita-se atualmente a 80 funcionários estrangeiros e 160 soldados, que protegem a equipe e as instalações da entidade, de acordo com informações do porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.

Publicidade

A Al Qaeda do Iraque anunciou ontem, pela internet, que matará qualquer pessoa envolvida na elaboração da Constituição. "Decidimos combater todos aqueles que escreverem e que apoiarem essa Constituição." O grupo, liderado por Abu Musab al-Zarqawi, disse em um comunicado anterior que a lei islâmica (a sharia) deveria ser a única a governar o Iraque.