A Organização das Nações Unidas (ONU) impôs sanções ao ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé Yangouvonda e a dois líderes rebeldes por minarem a paz e alimentarem a violência no país devastado por conflitos. Eles são os primeiros centro-africanos a receberem sanções dentro da resolução da ONU adotada em janeiro.

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Uma aliança de grupos rebeldes muçulmanos, conhecidos como Seleka, derrubou Bozize do governo em março de 2013. Eles rapidamente se tornaram desprezados pelos cristãos na capital do país após combatentes muçulmanos iniciarem saques, estupros e assassinatos de civis de modo arbitrário. Um movimento cristão armado, conhecido como anti-Balaka, auxiliado por partidários de Bozizé, começou uma retaliação vários meses mais tarde, o que provocou derramamento sectário de sangue.

O Seleka foi destituído do poder em janeiro, e um governo transitório foi estabelecido. Cerca de 2.000 soldados franceses e 5 mil africanos foram enviados para tentar estabilizar o país, que tem cerca do tamanho do Estado do Texas, nos EUA. Mas a violência continua e dezenas de milhares de muçulmanos fugiram para o norte e para países vizinhos, um deslocamento que a ONU descreveu como "limpeza étnica".

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A embaixadora dos EUA Samantha Power elogiou neste sábado a decisão unânime do Comitê do Conselho de Segurança da ONU estabelecido para monitorar as sanções sobre a República Centro-africana que impôs um congelamento de bens e proibição de viagens para Bozize, o líder do Seleka, Nourredine Adam, e o coordenador político anti-Balaka, Levy Yakete.