O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, determinou a abertura de um inquérito interno para investigar as mortes, ferimentos e prejuízos resultantes do conflito de 50 dias na Faixa de Gaza encerrado em agosto durante a operação Margem Protetora, realizada pelo governo israelense contra os extremistas do Hamas. Na ação, Tel Aviv destruiu uma série de túneis usados pelo grupo.
Em um comunicado realizado pelo porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric, o secretário-geral declarou que a investigação vai tratar de "uma série de incidentes específicos em que ocorreram mortes ou lesões", incluindo episódios em escolas administradas pela agência da ONU encarregada de ajudar os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), que resultaram na morte de numerosos civis e membros da equipe da ONU.
A comissão de inquérito também vai "revisar e investigar incidentes em que as armas foram encontradas nas instalações da ONU".
O grupo de cinco integrantes será liderado pelo holandês Patrick Cammaert, ex-conselheiro militar de Ban. Os conflitos na Faixa de Gaza entre 8 de julho e 26 de agosto destruíram diversos bairros na região, onde mais de 100 mil casas foram destruídas. Os confrontos também deixaram mais de 2.100 palestinos mortos, incluindo 500 crianças, além de mais de 70 israelenses.
Resposta
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu uma resposta dura à violência, dizendo que vai usar todos os meios disponíveis e considerar tomar passos mais difíceis para conter a tensão. Em uma ameaça velada a militantes árabes em Israel e em Jerusalém Oriental, ele afirmou que os criminosos deveriam ir para a Faixa de Gaza.