Não se deve enviar ao Líbano uma força internacional sob o mandato da Organização das Nações Unidas até que haja um cessar-fogo acompanhado de um acordo político, afirmou no sábado o gabinete do presidente francês, Jacques Chirac.
Chirac falou no sábado com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, para discutir formas acabar com os combates entre o grupo guerrilheiro Hezbollah no Líbano e Israel.
- O presidente destacou que a França espera que a comunidade internacional pressione por um cessar-fogo imediato baseado num acordo político entre as partes - disse a nota do gabinete de Chirac.
- O acordo político seria um pré-requisito essencial para o envio de uma força internacional sob o mandato da ONU.
Segundo diplomatas ocidentais, a França emergiu como líder potencial da força multinacional, mas insiste em um cessar-fogo e um acordo político antes de decidir qual poderia ser seu papel nessa força.
O presidente dos EUA, George W. Bush, que conversou na sexta-feira com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, resiste aos apelos internacionais por um cessar-fogo imediato, afirmando que qualquer definição deve tratar da influência do Hezbollah no Líbano.
Pelo menos 469 pessoas, a maioria civis, morreram no Líbano em consequência do conflito. Também morreram 51 israelenses, 18 dos quais civis.
Annan convocou uma reunião para a segunda-feira, em Nova York, para receber compromissos de contribuições em soldados para a força internacional, que teria de 15 mil a 20 mil pessoas, apesar de o Conselho de Segurança ainda não ter estabelecido o mandato dessa força.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, chegou no sábado a Jerusalém para pressionar por um fim dos conflitos.