Não há sinais de que o governo do líder líbio, Muamar Kadafi, esteja cumprindo as exigências do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato, afirmou o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, na quinta-feira.

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"Não há evidência de que autoridades líbias tomaram medidas para cumprir as suas obrigações nos termos das resoluções 1970 ou 1973", disse Ban ao Conselho de Segurança, referindo-se às duas resoluções que exigem o fim imediato das hostilidades e a imposição da zona de exclusão aérea sobre o país do norte da África.

Ban acrescentou que seu enviado especial à Líbia, o ex-chanceler jordaniano Abdelilah Al-Khatib, advertiu pessoalmente o governo de Gaddafi de que o conselho deverá tomar "medidas adicionais" se a Líbia não atender à exigência da semana passada de um cessar-fogo.

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Os comentários de Ban foram feitos no momento em que aviões da coalizão ocidental atingiram alvos militares no interior da Líbia, mas sem conseguir evitar que os tanques reentrassem na cidade de Misrata e cercassem seu principal hospital.

Os países membros do Conselho de Segurança discutiram a crise na Líbia a portas fechadas na quinta-feira, mas não tomaram nenhuma decisão.

Ban disse que 335.658 pessoas fugiram da Líbia desde o início da crise e que a ONU tinha planos de contingência para lidar apenas como 250 mil novos refugiados.

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