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O ex-presidente Bill Clinton: apoio ao país devastado acabou rendendo um cargo | Jung Yeon-Je/AFP
O ex-presidente Bill Clinton: apoio ao país devastado acabou rendendo um cargo| Foto: Jung Yeon-Je/AFP

Washington - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, confirmou ontem a nomeação do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton (1993-2001) como o novo enviado especial para o Haiti.

"Nomeei Bill Clinton como enviado especial do secretário-geral para a recuperação do Haiti. Estivemos juntos há dois meses nesse país e sua presença ajudou a levantar a consciência da comunidade internacional sobre os problemas do país caribenho", disse Ban à imprensa. Clinton acompanhou Ban em março em uma visita oficial de dois dias ao Haiti, para respaldar o plano de desenvolvimento elaborado pelo governo de Porto Príncipe, que busca aquecer a economia haitiana.

"Será uma honra aceitar o convite do secretário-geral para ser o enviado especial ao Haiti", disse Clinton ao jornal norte-americano Miami Herald. O novo cargo foi criado especialmente para ele, que tem se dedicado ao Haiti, país mais pobre do hemisfério ocidental.

Clinton é popular entre a população haitiana porque, durante o seu governo, em 1994, ele ameaçou usar força militar para derrubar uma ditadura no país e, desde então, chama a atenção de doadores para a situação da região.

Tanto as autoridades haitianas quanto a ONU temem que, depois de vários anos de relativa calma amparada pelas tropas estrangeiras lideradas pelo Brasil na Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti (Minustah), a instabilidade política retorne ao país.

A missão chegou ao Haiti em 2004, para lidar com o caos ocorrido depois da segunda deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.

Ban disse que a designação de Clinton não muda em nada a missão. "Não haverá nenhuma mudança em relação à missão da Minustah, que desenvolveu um papel muito importante em restaurar a paz e a estabilidade no país", afirmou.

Clinton também participou de uma conferência de doadores no mês passado em Washington que resultou em promessas de US$ 324 milhões para o Haiti.

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