Palestinos rezam durante funeral de nove pessoas mortas em um ataque israelense em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza| Foto: Mohammed Abed/AFP

Brasileiros em Gaza estão bem, garante Itamaraty

São três os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, região dos recentes bombardeios entre Israel e o grupo palestino Hamas. São dois homens e uma mulher, que nasceram no país e se instalaram ainda crianças na Palestina, onde se casaram e constituíram família. Os três brasileiros, que já não falam português, e suas famílias estariam em locais relativamente seguros e passam bem, segundo a representação brasileira do Itamaraty em Ramallah, na Cisjordânia.

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Israel teme segunda frente de combate

Para muitos israelenses, o pesadelo de uma segunda frente de guerra pareceu ter se tornado realidade na manhã de ontem, quando três mísseis disparados do Líbano atingiram a cidade de Nahariya, no norte do país. Um deles acertou um asilo, deixando duas pessoas feridas.

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Veja como foi a ofensiva no 13º dia da ofensiva na Faixa de Gaza
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Sderot, Israel - Em meio às arrastadas tratativas diplomáticas para estabelecer um cessar-fogo, a pressão internacional cresceu sobre Israel, no 13º dia de sua ofensiva contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.

A ONU decidiu suspender a entrega de ajuda humanitária aos palestinos de Gaza depois de afirmar que o motorista de um dos caminhões de suprimentos foi morto em um ataque israelense na área da fronteira. Já o Comitê International da Cruz Vermelha acusou Israel de barrar ajuda aos feridos e de criar "cenas chocantes’’ de crise humanitária.

Pelo segundo dia consecutivo, Israel suspendeu os ataques durante três horas para permitir a entrada e distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Também foi autorizada a saída de quase 300 pessoas com passaporte estrangeiro, entre eles canadenses, filipinos e europeus de vários países. Não havia brasileiros no grupo, o segundo a deixar Gaza desde o início da ofensiva.

De acordo com a UNRWA (agência da ONU de assistência aos palestinos), o comboio com ajuda humanitária foi atingido por disparos israelenses por volta de 9h (5h de Brasília), quando três veículos da única empresa autorizada a operar na fronteira recolhia alimentos na passagem de Erez. O motorista morto foi identificado como um palestino de 32 anos.

Um dos coordenadores da UNRWA em Gaza, Chris Gunnes, disse que esta não foi a primeira vez, desde o início da operação militar, que veículos da ONU são alvos de disparos israelenses. Segundo ele, não há prazo para o reinício da assistência a Gaza.

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Sob crescente pressão internacional em virtude do alto número de baixas civis na ofensiva a Gaza e da crise humanitária cada vez mais grave no território sitiado, Israel prometeu investigar o incidente.

"Não temos provas de que o motorista foi morto por fogo israelense’’, disse a major Avital Leibovitch, porta-voz do Exército. "Mas gostaria de ressaltar que consideramos o trabalho das organizações humanitárias em Gaza e em outras áreas hostis do mundo extremamente importantes e buscamos ajudá-lo de toda forma possível.’’

John Ging, principal responsável pelas atividades humanitárias da ONU em Gaza, disse que os veículos atingidos estavam claramente marcados com símbolos da organização. "É totalmente inaceitável que o comboio sofra ataques depois de receber autorização de Israel’’, disse Ging.

Mais mortos

Enquanto isso, tanques israelenses continuaram se movimentando na Faixa de Gaza, e a aviação manteve os ataques a alvos do Hamas. De acordo com a agência de notícias Associated Press, durante o cessar-fogo de três horas, 35 corpos foram descobertos nos escombros de uma casa destruída. A estimativa é a de que o total de mortos nos ataques israelenses a Gaza, que ontem completaram duas semanas, supere 760.

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