O diretor de operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU), John Ging, fez um apelo para receber doações de centenas de milhões de dólares para responder a emergências humanitárias no Iêmen, onde 10,5 milhões de pessoas que precisam de alimentos, e na Somália, cujos indicadores sugerem uma repetição da fome de 2011.

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Ging, que visitou os dois países na semana passada, afirmou em coletiva de imprensa que a resposta da ONU é limitada porque recebeu apenas US$ 195 milhões dos US$ 529 milhões que precisa para ajudar o Iêmen neste ano e US$ 232 milhões para a Somália, dos US$ 933 milhões necessários.

O diretor da ONU esclareceu que os dois países têm planos claros, líderes nacionais muito bons e verdadeiras oportunidades. "Mas a diferença nesse momento entre se esses países seguirão uma trajetória positiva ou se continuarão a declinar no abismo depende fundamentalmente do dinheiro que a comunidade internacional irá mobilizar", apelou.

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Ted Chaiban, diretor da Unicef e que viajou com Ging, afirmou que um em cada cinco crianças no Iêmen está abaixo do peso, sendo que 58% delas estão desnutridas. "Isso significa que, depois do Afeganistão, em todo o mundo o Iêmen tem o segundo nível mais alto de malnutrição crônica", afirmou.

Na Somália, Ging afirmou que as leis contra o terrorismo estão limitando a habilidade de transferir dinheiro para dentro do país. Dessa forma, quem não consegue o dinheiro está buscando ajuda na comunidade internacional, aumentando a crise humanitária. "Nós vemos na Somália todos os elementos de 2010 que nos levou à fome de 2011", alertou. Fonte: Associated Press.