O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos reiterou nesta terça-feira (20) seu pedido às autoridades egípcias para que aceitem uma missão que possa investigar no terreno a situação de violência no país.
"Queremos que uma equipe nossa recopile informação no terreno e que fale com ONGs e instituições nacionais de direitos humanos", disse em entrevista coletiva a porta-voz do organismo, Liz Throssell.
"Seguimos alarmados pela contínua violência no Egito", acrescentou Liz, que ao mesmo tempo condenou a emboscada na Península do Sinai, na qual morreram 25 oficiais da polícia egípcia.
Além disso, Liz denunciou as mortes de 36 prisioneiros no domingo que se encontravam sob custódia policial e manifestou que estes eventos são "inquietantes e devem ser plenamente investigados".
Liz disse que centenas de pessoas pertecentes aos Irmandade Muçulmana, partido do deposto presidente Mohammed Mursi, foram detidos nos últimos dias e entre os prisioneiros se encontram alguns de seus líderes.
A porta-voz afirmou que "toda pessoa privada de sua liberdade deve ser tratada de forma humana e suas garantias judiciais recolhidas no direito internacional devem ser respeitadas".
Por sua vez, a porta-voz da ONU em Genebra, Alessandra Vellucci, informou que o chefe de assuntos políticos das Nações Unidas, Jeffrey Feltman, começará hoje uma rodada de consultas no Cairo com todas as partes do conflito para abordar a situação no país.
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