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As Nações Unidas aproveitaram o Dia Mundial de Combate à Aids para pedir por "uma resposta excepcional" à crise global, no momento em que pacientes africanos criticam políticos por não combater a doença que mata milhões a cada ano. As Nações Unidas disseram que enquanto os índices de infecção caíram em alguns países devido ao aumento do uso de preservativos e mudanças no comportamento sexual, a epidemia continua a crescer.

O número de pessoas vivendo com HIV, o vírus que provoca a Aids, atingiu seu maior nível em 2005, com a estimativa de 40,3 milhões de soropositivos, informou o diretor-executivo da Unaids, Peter Piot. Quase metade deles é mulher. A Aids já matou mais de três milhões de pessoas em 2005.

- A lição de quase 25 anos de epidemia de Aids é bem clara. Investimentos feitos na prevenção do HIV quebram o ciclo de novas infecções. Ao fazer esses investimentos, cada ou todo país pode reverter a disseminação da Aids - disse Piot.

Um número de países asiáticos marcou o dia com a distribuição gratuita de preservativos, oferece jogos em telefones celulares e manifestações com bandeiras para alertar sobre a doença.

O clima era sóbrio na África, onde raiva e remorso se combinam, numa data em que o continente mais assolado pela crise global lembrou seus mortos.

- O dinheiro destinado para o programa de HIV/Aids foi para todos os lugares, menos para a Aids, criticou Meris Kafusi, de 64 anos, paciente com Aids da Tanzânia, que apenas recentemente começou a receber as drogas anti-retrovirais. - As organizações que dizem estar lidando com a Aids estão sempre em seminários ou workshops. Eles deviam estar comprando comida para as viúvas e os órfãos, mas em vez disso, você os vê ganhando US$ 50 por dia para sentar em uma sala e discutir nossa situação. Você acha isso justo?

A África subsaariana continua a ser um marco quando a questão é o número de mortes por HIV/Aids e novas infecções - com uma queda na expectativa de vida em muitos países, deixando milhões de crianças órfãs e reduzindo a produção agrícola em países onde ainda existe a fome.

A última estimativa das Nações Unidas indica que 26 milhões dos 40 milhões de infectados com HIV em todo o mundo vivem na África.

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