A Alta Comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu hoje "a revelação total dos fatos exatos" para se determinar a legalidade da morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. O extremista foi morto na segunda-feira, em uma ação de forças especiais dos Estados Unidos no Paquistão. "Eu ainda espero a total divulgação dos fatos exatos", disse Pillay em Oslo, na Noruega. Ontem, o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, afirmou, durante uma audiência no Senado, que a operação que matou Bin Laden foi "legal e condizente com nossos valores".

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"As Nações Unidas condenam o terrorismo, mas também têm regras básicas de como a atividade de contraterrorismo deve ser realizada. Ela precisa estar de acordo com a lei internacional", disse Pillay. "Por exemplo, você não pode cometer tortura ou homicídios extrajudiciais."

Inicialmente, o governo dos EUA afirmou que Bin Laden estava armado. Depois mudou a versão, o que levantou dúvidas sobre possíveis excessos na operação na cidade paquistanesa de Abbottabad, sobretudo se a missão dos EUA estava preparada para capturar Bin Laden com vida. "Se ele tivesse se rendido, eu acho - tentado se render - eu acho que deveríamos, óbvio, ter aceitado isso", disse Holder no Senado dos EUA.

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Pillay disse que sabia que capturar Bin Laden com vida seria uma tarefa difícil. Jay Carney, um porta-voz da Casa Branca, afirmou nesta semana que Bin Laden foi morto durante um "tiroteio bastante volátil".

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