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A ONU conclamou nesta terça-feira (28) os políticos bolivianos a fazerem um esforço para superar suas divergências, dois dias depois da vitória do "sim" em um referendo sobre a nova Constituição socialista do país, promovida pelo presidente Evo Morales.

Depois de obter cerca de 60 por cento dos votos em favor da sua proposta, Morales rejeitou nesta terça-feira um novo "pacto político" exigido pela oposição, embora o "não" tenha vencido em pelo menos 4 dos 9 Departamentos (Estados) do país, todos nas planícies do norte e leste, a área mais rica da Bolívia e principal reduto da oposição de direita.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, exortou "todos os líderes políticos na Bolívia a trabalharem juntos, de agora em diante, para construir um futuro próspero e inclusivo para seu país".

Parte da oposição defende a autonomia para as regiões governadas por adversários de Morales. Por causa das divergências, o país registrou vários episódios de violência política nos últimos meses.

Ban elogiou "o clima pacífico que prevaleceu durante a votação, assim como o grande nível de participação", e felicitou o povo boliviano "por sua demonstração de responsabilidade cívica".

A comissária europeia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, fez na terça-feira um apelo "a todas as partes para que juntas construam um diálogo e o consenso imprescindível para o desenvolvimento do país".

A nova Constituição, instrumento central para a "refundação" nacional prometida por Morales, deve entrar em vigor em fevereiro, quando a Corte Nacional Eleitoral publicar o resultado oficial final do referendo.

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