O prazo para que a ajuda humanitária chegue às áreas mais remotas do Paquistão está chegando ao fim, informou nesta quinta-feira Jam Egeland, funcionário das Nações Unidas encarregado de orientar a resposta internacional ao terremoto. Em entrevista à BBC News, Egeland elogiou a reação mundial inicial à tragédia, mas ressaltou: 'nós estamos perdendo a corrida contra relógio quando se trata de pequenas vilas".
"Eu nunca uma devastação como essa antes. Estamos no sexto dia de operação e cada dia a escala de devastação aumenta", afirmou Egeland, em entrevista à BBC News.
Egeland realizou nesta quinta-feira uma visita a Muzaffarabad, na parte paquistanesa da Cachemira. Segundo ele, os refugiados ainda estão tentando sair das regiões montanhosas, onde as condições de vida pioram a cada dia.
Dezenas de milhares de desabrigados teriam chegado à devastada cidade de Balakot, deixando parentes mortos e alguns feridos nas montanhas.
"Nenhuma equipe de resgate chegou a nossa vila. A maioria das pessoas fugiu e há apenas feridos lá. Nada chegou de helicóptero também - disse o refugiado Zaman, de 28 anos , de Bahngia. As Nações Unidas estimam que dois milhões de pessoas precisam de novos lares e um milhão precisam de ajuda urgente.
"Nós observamos um cenário muito mais grave e acredito que precisamos de três vezes mais o número de helicópteros na operação. Meu apelo é para que o mundo dê mais ajuda e mais recursos", acrescentou.
Os Estados Unidos e o Japão estão entre as nações que emprestaram helicópteros para os esforços humanitários. Mesmo assim, a ajuda não é suficiente para cobrir a imensa área devastada.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
O que está por trás da ausência de Lula na cerimônia de Trump? Assista ao Entrelinhas
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Meta responde à AGU sobre mudanças na política de moderação de conteúdo