As Nações Unidas prestaram nesta terça-feira um tributo aos 26 funcionários do organismo que foram mortos no ano passado durante o exercício de suas funções, o que representa um número 25% menor dos que os 35 assassinados em 2011.
"Seguiremos indo para qualquer lugar para fazer nosso trabalho, mas todos têm precisam levar em conta nossa segurança", afirmou hoje a presidente do sindicato de trabalhadores da ONU, Barbara Tavora-Jainchill.
A representante dos empregados das Nações Unidas pediu novamente ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que ofereça a todos os funcionários do organismo condições de trabalho "mais seguras".
Segundo o sindicato, no ano passado foram assassinados 26 empregados da ONU, incluídos nove civis e 17 capacetes azuis (soldados que integram as forças internacionais do organismo).
Os dois incidentes mais sangrentos ocorreram em 8 de junho, quando sete capacetes azuis foram assassinados em Costa do Marfim, e em 2 de outubro, quando quatro soldados morreram em um ataque em Darfur.
Além disso, o sindicato de empregados das Nações Unidas detalhou que pelo menos cinco civis do organismo morreram no ano passado durante o conflito na Síria e nove capacetes azuis foram assassinados em Darfur nos últimos doze meses.
Muitos funcionários da ONU ficaram feridos em 2012 e vários foram sequestrados, alguns deles por longos períodos de tempo, como dois soldados jordanianos retidos durante 136 dias e um empregado do Programa Mundial de Alimentos, que ficou 86 dias em cativeiro.
"É triste ver quantos companheiros morreram ou foram sequestrados no ano passado enquanto trabalhavam para fornecer ajuda humanitária ou trazer paz para povoados locais", disse Barbara, que lamentou o fato dos funcionários serem cada vez mais alvo de ataques violentos.
Por último, a presidente do sindicato pediu aos governos para que façam "tudo o que esteja ao seu alcance" para proteger os empregados das Nações Unidas que colocam a vida em risco para melhorar as condições de vida da população.
A maioria dos incidentes do ano passado ocorreu em países africanos: Egito, República Democrática do Congo, Somália, Sudão e Sudão do Sul, assim como na Faixa de Gaza, no Paquistão e na Síria.
Segundo dados coletados pelo sindicato, em 2011 foram assassinados 35 empregados da ONU no exercício de suas funções, o que significou mais do que o dobro dos 15 mortos em 2010.