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Sudanesas caminham próximo a acampamento de refugiados, em Darfur: 4,7 milhões de pessoas, segundo a ONU, dependem de ajuda humanitária na região | Olivier Laban-Mattei/AFP
Sudanesas caminham próximo a acampamento de refugiados, em Darfur: 4,7 milhões de pessoas, segundo a ONU, dependem de ajuda humanitária na região| Foto: Olivier Laban-Mattei/AFP

OMS teme aumento da mortalidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem que a expulsão de organizações não-governamentais (ONGs) pode aumentar a mortalidade da população em Darfur diante da queda de assistência médica, da menor imunização e do perigo de um número maior de vítimas entre crianças. Os conflitos por recursos também podem voltar a explodir.

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Genebra - A Organização das Nações Unidas (ONU) irá investigar se a decisão do governo do Sudão de expulsar de 13 organizações não-governamentais (ONGs) do país é mais um crime de guerra cometido por Cartum. Segundo as Nações Unidas, 1,1 milhão de pessoas ficarão sem alimentos no país. As ONGs expulsas acusam o governo de usar a população de Darfur para barganhar uma retirada do mandado de prisão contra o presidente do país, Omar al-Bashir.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) indiciou al-Bashir nesta semana por crimes contra humanidade e crimes de guerra. Como resposta, Cartum retirou a licenças de entidades como a Oxfam, Médicos Sem Fronteira (MSF), Care e outras dez delas, sediadas na Europa e Estados Unidos. Segundo o Sudão, as entidades teriam passado informações sobre o país aos governos ocidentais e ao TPI.

A ONU agora investigará se a medida de impedir o trabalho das ONGs significa uma violação do direito humanitário. Para o porta-voz do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, a decisão deixa milhares de pessoas sem assistência. "Isso é um ato deplorável. A assistência humanitária não tem qualquer relação com o TPI", garantiu. "Punir a população por uma decisão da corte é uma violação dos deveres do governo diante de sua própria população."

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