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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, a prorrogação para o fim de 2006 do mandato da força multinacional liderada pelos Estados Unidos no Iraque.

O pedido de prorrogação foi feito pelo governo iraquiano.

O mandato da força, que conta atualmente com 178 mil soldados, sendo que 157 mil são americanos, terminaria no dia 31 de dezembro, quando deve tomar posse o governo eleito semanas antes. O pleito deve acontecer no dia 15 de dezembro.

A resolução aprovada por todos os 15 países-membros do Conselho de Segurança autoriza o novo governo iraquiano a interromper o mandato ou pedir uma revisão dele pelo órgão a qualquer momento.

A medida também exige que o Iraque continue depositando o dinheiro obtido com a venda de seu petróleo em uma conta internacional, monitorada por uma agência independente. A exigência visa garantir que o dinheiro seja usado para o benefício da população iraquiana.

O Conselho de Segurança abriu a conta e criou um órgão de fiscalização para supervisioná-la, tentando garantir que as forças de ocupação lideradas pelos EUA não usem mal os recursos.

A resolução também permite que a força multinacional continue fazendo e mantendo prisioneiros no Iraque.

Os militares americanos mantêm atualmente sob seu poder quase 14 mil detentos no Iraque, entre os quais 5.047 na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá, palco de um escândalo de tortura.

Algumas pessoas no país árabe criticaram as forças internacionais, afirmando que vários iraquianos estão sendo mantidos presos por tempo demais e sem que tenham sido acusados formalmente de crime nenhum.

O embaixador dos EUA junto à ONU, John Bolton, disse que a aprovação unânime da resolução pelo Conselho de Segurança era "uma demonstração veemente do amplo apoio internacional a um Iraque federal, democrático, pluralista e unificado."

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