Peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) atacaram ontem a decisão do governo do Irã de condenar à morte a iraniana Sakineh Ashtiani por adultério e exigiram uma explicação de Teerã.
As críticas dominaram a sabatina à qual o Irã foi obrigado a se submeter, em Genebra, na Suíça. O Irã - que mudou o teor da principal acusação contra Sakineh, de adultério para assassinato - negou-se a tratar do assunto.
O perito guatemalteco José Francisco Cali lembrou que as Nações Unidas já tinham recomendado em 2003 que o Irã interrompesse as execuções de mulheres acusadas de adultério. Foi o diplomata brasileiro José Augusto Lindgren Alves, que atua na ONU como perito independente, que alertou sobre a questão de Sakineh de forma mais enfática. "A condenação por adultério e o apedrejamento são uma clara violação de direitos humanos", disse.
Hoje, o governo do Irã terá de dar uma resposta sobre o assunto na ONU. Mas indicou ontem que não acredita que a entidade seja o local apropriado para tratar do tema.
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