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Policial usa extintor para apagar fogo durante protesto contra a Coreia do Norte em Seul, na vizinha Coreia do Sul | Jung Yeon-Je/AFP
Policial usa extintor para apagar fogo durante protesto contra a Coreia do Norte em Seul, na vizinha Coreia do Sul| Foto: Jung Yeon-Je/AFP

Pressão

EUA defendem ações internacionais contra Pyongyang

AFP

Os Estados Unidos pediram consequências para a Coreia do Norte após o lançamento do foguete que teria colocado um satélite de comunicação na órbita terrestre. A embaixadora de Washington na ONU, Susan Rice, disse que a comunidade internacional debaterá ações a serem tomadas contra Pyongyang.

Rice afirmou que o lançamento "mostra que, apesar das claras advertências do Conselho de Segurança, a Coreia do Norte está determinada a seguir com seu programa balístico de mísseis sem atender às obrigações internacionais".

"Por isso, os membros do Conselho de Segurança devem trabalhar de forma conjunta para enviar à Coreia do Norte uma mensagem clara de que as violações das resoluções do Conselho terão consequências", explicou Rice.

A secretária norte-americana afirmou que os atos da Coreia do Norte "põe em dúvida" o compromisso do país asiático para retomar as negociações em seis partes (Estados Unidos, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, China e Rússia) sobre seu arsenal nuclear.

  • Imagem de vídeo do lançamento do foguete norte-coreano

A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou ontem o lançamento de um foguete norte-coreano como um "ato de provocação" e cogita ampliar as sanções ao país.

Desafiando a reprovação internacional, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance. É o segundo lançamento do tipo desde que Kim Jong-un assumiu o comando do país.

Lee Myung-bak, presidente sul-coreano, organizou um encontro emergencial do conselho de segurança do país, e o ministro das Relações Exteriores sul-coreano disse que a Coreia do Norte irá sofrer "graves consequências".

A mídia estatal norte-coreana afirmou que o foguete, que teria colocado em órbita um satélite de previsão do tempo, era do modelo Unha-3.

A comunidade internacional, porém, desconfia que fosse de outro tipo, enquanto os EUA tentam confirmar a órbita do suposto satélite.

O lançamento de ontem foi uma surpresa, após ter sido adiado para 29 de dezembro devido a problemas técnicos.

É uma questão delicada para o regime de Kim, conforme potências internacionais apontam que o país está dando continuidade aos planos de desenvolver a tecnologia necessária para carregar uma ogiva nuclear.

Especialistas em foguetes sugerem que o dispositivo norte-coreano deve ter sido aperfeiçoado após o lançamento de abril, quando destruiu-se logo após lançado.

Segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, um destróier detectou o lançamento às 9h51 do horário local (22h51 em Brasília).

Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, diz que o lançamento só poderá ser considerado bem-sucedido quando o satélite completar ao menos uma órbita na Terra.

"Mas evidentemente esse [foguete] é muito mais eficaz que a última tentativa deles. É o melhor que já fizeram."

Ameaça

Acredita-se que a Coreia do Norte tenha um pequeno estoque rudimentar de bombas nucleares, mas ainda não possua a tecnologia necessária para colocá-las em ogivas capazes de ameaçar os EUA.

Washington considera a persistente odisseia norte-coreana rumo às armas nucleares e aos mísseis balísticos como uma séria ameaça à paz e segurança mundial.

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