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Militares sul-coreanos controlam a ilha de Yeonpyeong, atacada pelos norte-coreanos em 23 de novembro | Kim Jae-Hwan/AFP
Militares sul-coreanos controlam a ilha de Yeonpyeong, atacada pelos norte-coreanos em 23 de novembro| Foto: Kim Jae-Hwan/AFP

Nações Unidas - O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou ontem uma reunião de emergência para tratar da crescente tensão na Península Co­­reana, a pedido da Rússia. Foi solicitado que a ONU envie um re­­pre­­sentante para uma "urgente missão de paz" na região, disseram fontes diplomáticas.

A Rússia convocou a reunião com a intenção de Moscou buscar uma resolução conclamando as Coreias do Norte e do Sul a exercerem a máxima moderação. No encontro, representantes dos 15 países que integram o CS da ONU ouviram um resumo da situação elaborado por Lynn Pascoe, subsecretário da ONU para assuntos políticos.

Moscou pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a no­­meação de um enviado especial para negociar uma saída para a crise entre os dois países vizinhos e rivais, disseram as fontes diplomáticas.

Um diplomata disse que a maio­­ria dos países representados no CS da ONU quer uma resolução que condene a Coreia do Norte pe­­lo ataque a uma ilha sul-coreana em 23 de novembro. Rússia e Chi­­na, no entanto, exigem apenas que os dois lados demonstrem moderação e que Ban nomeie um enviado especial.

A Coreia do Norte tem advertido que acontecerá uma "catástrofe" se a Coreia do Sul levar adiante seus planos de realizar, na terça-feira, manobras militares com mu­­nições reais na mesma ilha bombardeada por Pyong­­yang no mês passado durante um exercício militar sul-coreano. Quatro pessoas morreram no incidente, sendo dois militares e dois civis.

O comando das Forças Arma­­das da Coreia do Norte elevou o alerta de suas unidades de artilharia localizadas na costa oeste do país perto da fronteira com a Co­­reia do Sul, informou ontem a agên­­cia sul-coreana de notícias Yon­­hap. Segundo uma fonte não iden­­tificada citada pela Yonhap, as For­­ças Armadas da Coreia do Nor­­te colocaram em prontidão caças que estavam nos hangares.

A Coreia do Sul ignorou ontem os pedidos da Rússia e da China para evitar uma nova escalada e reafirmou que levará adiante a manobra militar prevista para a terça-feira. O exercício é considerado uma resposta ao ataque nor­­te-coreano de 23 de novembro. Apesar disso, as Forças Ar­­madas da Coreia do Sul asseguraram que as armas serão apontadas em direção oposta à Coreia do Norte du­­rante o exercício.

Pyongyang rejeita a fronteira desenhada no Mar Amarelo por um general norte-americano no fim da fase bélica da Guerra da Coreia, em 1953.

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