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África

ONU tem ajuda pronta para Sudão do Sul depois de cessar-fogo

A Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul está se preparando neste sábado (10) para enviar ajuda para as cidades afetadas pelo conflito no país, mas espera para ver se o novo cessar-fogo entre o presidente e o líder rebelde vingaria, antes de levar os suprimentos.

O presidente Salva Kiir e o comandante rebelde, Riek Machar, assinaram o acordo na sexta-feira (9), depois de crescente pressão internacional pelo fim dos confrontos étnicos que levantaram temores sobre a possibilidade de um genocídio. Em janeiro, um acordo fracassou logo depois de firmado.

Mediadores africanos, os Estados Unidos e outras nações ocidentais pressionavam por negociações, enquanto os combates cada vez mais colocavam os dinka, de Kirr, contra os Nuer, de Machar. As Nações Unidas relataram a ocorrência de assassinatos com motivação étnica.

"O fim da violência permitirá às pessoas algum espaço para respirar, se deslocar com mais segurança e se cuidar melhor nos próximos meses", disse num comunicado Toby Lanzer, coordenador da ajuda humanitária das Nações Unidas no Sudão do Sul.

Ele afirmou que as Nações Unidas estavam posicionadas na capital Jupa "para carregar embarcações com ajuda e transportá-la a localidades como Bentiu e Malakal".

Alguns dos combates mais violentos se deram nessas duas cidades, capitais de regiões produtoras de petróleo.

Autoridades das Nações Unidas declararam que não havia ocorrido relatos de combates neste sábado, embora notícias de confrontos em áreas remotas demorem para circular.

Lul Ruai Koang, porta-voz rebelde, afirmou no sábado pela manhã que também não havia recebido relatos de confrontos. "Estamos otimistas, mas não podemos garantir o lado do governo", disse.

Uma autoridade das Nações Unidas disse que os suprimentos seriam enviados quando ficasse claro que os dois lados estavam respeitando o acordo.

O conflito já matou milhares de pessoas e fez com que cerca de um milhão deixassem as suas casas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, visitaram o Sudão do Sul neste mês, como parte da investida diplomática pela paz.

A missão das Nações Unidas no país defendeu a investigação de possíveis crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, desaparecimentos, estupros, prisões arbitrárias, entre outros abusos.

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