Kofi Annan, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que os países-membros do Conselho de Segurança começariam a negociar um acordo para colocar uma força multilateral no sul do Líbano.

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O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, disse que essa força era fundamental para impedir os ataques com foguetes realizados pelo Hezbollah e para dar a Israel uma razão capaz de suspender os ataques responsáveis por danificar grande parte da infra-estrutura libanesa.

Mas, segundo Israel, era cedo demais para enviar uma força do tipo à região.

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- Estamos em um momento no qual desejamos ter certeza de que o Hezbollah não estará estacionado na fronteira norte - afirmou Miri Eisin, porta-voz do governo israelense.

Nas palavras da porta-voz, não há planos de interromper a ofensiva "por enquanto". O chefe de gabinete de Israel, em declarações divulgadas pela Rádio do Exército do país, disse que as forças israelenses pretendiam criar uma "zona de segurança" de um quilômetro a fim de manter o Hezbollah longe da fronteira.

O grupo tentaria garantir a libertação de libaneses e palestinos mantidos presos por Israel e não fez comentários sobre os esforços internacionais para colocar fim aos enfrentamentos.

Repetindo um apelo discreto feito pelo Grupo dos Oito (G8) no domingo, a União Européia (UE), segundo o projeto de uma declaração, deve pedir, na segunda-feira, que todos os lados envolvidos trabalhem para colocar fim à onda de violência no Oriente Médio. O texto do bloco europeu não chega a defender um cessar-fogo imediato.

A ofensiva militar de Israel no Líbano já matou 179 pessoas (apenas 13 das quais não são civis) e deixou feridas mais de 500. Entre os mortos há sete canadenses, no domingo, em um vilarejo do sul do país. Além disso, 24 israelenses foram mortos nos combates, entre os quais 12 civis atingidos por foguetes.

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ATAQUES DE ISRAEL

As investidas israelenses na segunda-feira atingiram dois postos do Exército libanês na costa norte do país, matando ao menos seis soldados, e danificaram as casas de autoridades do Hezbollah, matando 11 pessoas em mais de 60 ataques.

Outras sete pessoas morreram ao sul de Beirute, entre as quais uma presente na estrada que liga a capital à cidade portuária de Sidon.

Várias explosões violentas puderam ser ouvidas na capital. E uma fumaça negra saía de um armazém de combustível no bairro cristão de Dora. Instalações civis, postos de gasolina e fábricas também foram atingidos, disseram as forças de segurança libanesas. O mercado de ações de Beirute continuava fechado depois de cair 14% na semana passada.

Israel exige que o Hezbollah deponha suas armas, conforme prevêem resoluções do Conselho de Segurança -- algo que o frágil governo libanês não tem poderes para realizar.

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O Líbano, que acaba de livrar-se de 30 anos de domínio sírio, teme que uma tentativa de conter o Hezbollah acabe reiniciando a guerra civil e rachando suas Forças Armadas.

O Hezbollah disparou foguetes no domingo, matando oito pessoas no ataque mais mortal contra Israel e levando o primeiro-ministro do Estado judaico, Ehud Olmert, a advertir sobre consequências devastadoras para o Líbano.

A guerrilha prometeu mais "surpresas".

As Forças Armadas de Israel disseram depois que um foguete do Hezbollah atingiu uma cidade localizada 50 quilômetros ao sul da fronteira. O grupo também lançou foguetes contra as cidades de Naharyia e de Acre, no norte israelense.

Um porta-voz do Exército do Estado judaico afirmou que o Hezbollah tinha disparado cerca de 20 foguetes durante a noite, ferindo várias pessoas. Mais de cem foguetes atingiram a área de fronteira em 24 horas, disse esse porta-voz.

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A ofensiva do Estado judaico contra o país vizinho acontece em meio a uma campanha militar iniciada da Faixa de Gaza em 28 de junho, depois da captura de um outro soldado israelense e em meio a disparos de foguete realizados pelos palestinos.

Na segunda-feira, um ataque aéreo israelense destruiu um prédio de oito andares do Ministério das Relações Exteriores dos palestinos, na cidade de Gaza, e colocou por terra as sedes de uma força liderada pelo Hamas.

Na parte histórica de Nablus, na Cisjordânia ocupada, palestinos armados atacaram um grupo de soldados israelenses, matando um deles e ferindo outros seis, disseram testemunhas e membros do Exército.

O grupo Brigadas de Mártires de Al Aqsa, um braço armado da facção Fatah (ligada ao presidente palestino, Mahmoud Abbas), assumiu a responsabilidade pela emboscada de Nablus

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