Viena Mais 11 países apoiaram o conceito de um projeto iniciado pelo EUA para reduzir os riscos da proliferação nuclear e controlar o lixo radiativo, ao mesmo tempo em que admitiram estar longe destes objetivos. Trata-se da Parceria em Energia Nuclear Global (Peng), pela qual um número limitado de países, incluindo os EUA e a Rússia, forneceriam urânio combustível a outros países e o retomariam para reprocessamento.
Isto permitiria que os países obtivessem combustível para alimentar reatores para gerar eletricidade, mas os impediria de desenvolver seus próprios programas de enriquecimento de combustível nuclear, que pode ser usado em armas atômicas.
Autoridades norte-americanas organizaram a cerimônia de assinatura da declaração de princípios da parceria um documento que basicamente expressa apoio "à visão comum sobre a necessidade de expansão da energia nuclear para propósitos pacíficos de forma segura".
O Irã "não é algo a respeito do que tenhamos realmente pensado" no encontro ontem em Viena, disse o secretário de Energia dos EUA, Samuel W. Bodman. Ele negou que o projeto tenha o objetivo de identificar alguns países que vão desenvolver armas nucleares ao lançar os holofotes para aqueles que se recusam a aderir ao plano.
Dezesseis países assinaram o acordo, sendo EUA, Rússia, China, França e Japão, que haviam concordado anteriormente com o plano, e mais 11 países que apoiaram com maior flexibilidade o princípio de uma visão de longo prazo do futuro do ciclo de combustível nuclear civil global.
Mohamed El Baradei, chefe da Agência de Energia Atômica Internacional, elogiou o conceito, afirmando que "pode ajudar a comunidade internacional com alguns dos maiores desafios que enfrentamos de desenvolvimento e segurança".
Os 11 países que assinaram o documento pela primeira vez ontem foram Austrália, Bulgária, Gana, Hungria, Jordânia, Cazaquistão, Lituânia, Polônia, Romênia, Eslovênia e Ucrânia.