As luzes que iluminam o teto branco da Ópera de Sydney se apagaram por uma hora na noite deste sábado (horário local). O gesto deve ser repetido em outros monumentos ao redor do mundo e por milhões de pessoas em outros países como parte da campanha Hora do Planeta, organizada pela WWF, numa tentativa de chamar a atenção das autoridades para a redução da emissão de gases do efeito estufa.
Há expectativa de que aproximadamente 4 mil cidades em mais de 120 países participem do movimento, apagando voluntariamente as luzes e reduzindo o consumo de energia às 20h30, em horário local, de acordo com os organizadores. "Temos todo mundo participando, de Casablanca até os campos de safári na Namíbia e na Tanzânia", disse Greg Bourne, executivo-chefe do WWF, grupo que idealizou a campanha e a promove desde 2007. Em Taiwan, o palácio presidencial e pelo menos 20 arranha-céus desligaram as luzes.
Sydney foi a primeira e única cidade a participar do Hora do Planeta no ano de lançamento do movimento, há três anos. Em 2008 371 cidades participaram. No ano passado, o Brasil entrou na campanha pela primeira vez. Neste ano, centenas de empresas, entre bancos, grandes redes de supermercados, shoppings, indústrias, hotéis e órgãos governamentais espalhados pelo País devem participar da manifestação.
Andy Ridley, funcionário da WWF e um dos criadores da Hora do Planeta, disse esperar que neste ano o evento inspire líderes mundiais a lutar por um acordo de combate às mudanças climáticas mais consistente do que o obtido no ano passado durante a Cúpula de Copenhague. "O que ainda estamos buscando neste ano é um acordo global que incentive todos os países a reduzirem suas emissões", disse Ridley. "A China terá um grande papel nisso, mas outras grandes economias também." A expectativa é de que em 2010 mais de 30 cidades chinesas apagarão suas luzes.
Os organizadores da Hora do Planeta disseram que não há uma maneira uniforme para medir quanta energia foi poupada em todo o mundo durante a campanha, mas ressaltaram que o simples fato de tantos lugares terem se comprometido a participar deve ser suficiente para demonstrar aos líderes mundiais que o aquecimento global é uma preocupação geral. As informações são da Associated Press.