Forças especiais ucranianas em ação nesta terça-feira| Foto: REUTERS/Dmitry Madorsky

Várias pessoas morreram nesta terça-feira (15) nos enfrentamentos entre as forças de segurança da Ucrânia e a milícia pró-Rússia no aeroporto da cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk, reduto dos manifestantes que se sublevaram contra o governo de Kiev.

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"Sim, há mortos", assegurou à agência "UNN" um porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia que tinha informado previamente sobre uma "operação especial" par libertar o aeroporto controlado pelos ativistas. Os meios de comunicação russos, citando fontes entre os manifestantes, afirmou que entre quatro e 11 rebeldes morreram.

Após concluída a operação, o presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou que "forças especiais libertaram o aeroporto dos terroristas".

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"No aeroporto há quatro mortos e dois feridos entre as milícias. Os combates terminaram. As milícias se retiraram . A parte ucraniana tomou o aeroporto para seu controle", disse um porta-voz dos sublevados à agência oficial russa "RIA Novosti".

O canal russo "Rússia 24" entrevistou um porta-voz das milícias que assegurou que caças ucranianos abriram fogo contra "civis" que se aproximaram do aeroporto para supostamente convencer os soldados a mudarem de lado.

"Os militares abriram fogo contra eles. Dois minutos depois dois caças decolaram e começaram a disparar contra os civis a uma altura de dez metros", disse Pavel Petrov, porta-voz dos manifestantes.

Uma fonte militar ucraniana assegurou ao jornal digital "Ukrainskaya Pravda" que os caças estacionados no aeroporto "decolaram porque não se sabia como terminaria a ação e era preciso protegê-los, por isso subiram".

O chefe da operação antiterrorista lançada por Kiev, o general Vasyl Krutov, advertiu hoje às milícias pró-Rússia que "não haverá mais ultimato" e que o exército ucraniano "combaterá os invasores estrangeiros".

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"Os ultimatos são coisa de civis. Esta é uma operação militar", disse Krutov a um grupo de repórteres perto da cidade de Izium, na região de Kharkiv.

Krutov, general do serviço secreto ucraniano, estimou cerca de 300 homens armados atuam no leste da Ucrânia, em sua maioria em Slaviansk, cidade da região oriental de Donetsk, limítrofe com a Rússia.

"Vamos combatê-lo porque são invasores estrangeiros, bandidos e terroristas", afirmou o chefe do Centro Antiterrorista e subchefe do Serviço de Segurança da Ucrânia.

Turchinov anunciou hoje o começo de uma operação antiterrorista na região de Donetsk para "defender aos cidadãos da Ucrânia, frear o terror e as tentativas de desmembrar o país".

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