Pelo menos um policial e nove detentos morreram nesta segunda-feira (18) em uma gigantesca operação militar e policial realizada no presídio de Tacumbú, a principal prisão do Paraguai, durante a qual 38 membros das forças de segurança também ficaram feridos, informou o comandante da Polícia Nacional, Carlos Benítez.
“Infelizmente, temos de informar que temos uma vítima dentro das fileiras policiais”, disse o chefe de polícia durante uma coletiva de imprensa, na qual confirmou que na chamada operação ‘Veneratio’ também houve “vítimas do outro lado”.
“Até o momento registramos nove vítimas entre pessoas privadas de liberdade”, acrescentou.
Benítez frisou que se trata de um “balanço parcial”, já que a polícia “continua invadindo” algumas áreas da prisão, localizada em um bairro popular de Assunção, capital do país.
Neste contexto, afirmou que foram contabilizados 36 feridos dentro das forças policiais, dos quais “uma dezena” tiveram ferimentos causados por “armas de fogo”.
Além disso, o comandante da Polícia Nacional indicou que há “dois elementos das Forças Militares que receberam ferimentos superficiais nos membros inferiores”, que se encontram “fora de perigo”.
Sobre a operação, Benítez garantiu que o Estado “assumiu o controle absoluto do ponto de vista da segurança institucional e da parte administrativa da prisão de Tacumbú”.
Entre outras coisas, explicou que dentro desse centro de detenção foram encontradas armas de fogo, explosivos, armas contundentes, cortantes e até cães da raça pit bull.
Da mesma forma, destacou que cerca de 700 presos foram transferidos para outros centros de detenção.
Um comunicado divulgado pela presidência do Paraguai mencionou entre os objetivos da “tarefa conjunta” em Tacumbú a “recuperação total da presença do Estado” naquela penitenciária.
Até a última sexta-feira (15), estavam detidos nessa prisão 2.842 detentos, incluindo 1.692 réus e 1.150 condenados, segundo dados do Ministério da Justiça do Paraguai.
A operação “Veneratio” começou minutos antes das 5h da manhã (no horário local) com a mobilização de 1.100 militares e 1.218 policiais, apoiados por bombeiros voluntários e pessoal médico de emergência, segundo as autoridades policiais.
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